Porto de
Santos
Fui ao Porto de Santos, um local carregado de histórias e de silêncio. Encontrei uma embarcação abandonada, esquecida próxima à linha do trem. Ali, o tempo parecia ter parado, mas ao mesmo tempo, havia uma força única no abandono — algo que já fora essencial e que agora repousa, solitário, mas ainda presente. Fotografar aquela embarcação foi uma tentativa de capturar a poesia do esquecimento, o contraste entre o uso intenso de algo que um dia foi vital e a decadência silenciosa que toma conta do espaço.
As imagens em preto e branco trouxeram a intensidade do momento, o drama do abandono e a beleza nas ruínas. Busquei captar essa atmosfera de desolação, mas também de reflexão. Cada imagem é um fragmento de um passado que, embora já não viva, ainda ecoa nas suas sombras e no movimento da cidade ao redor.













