Em minha jornada por Austin, Texas, utilizei câmeras point and shoot para capturar a autenticidade crua desta cidade vibrante. A ideia não era compor uma imagem perfeita, mas registrar, de forma despretensiosa, o cotidiano da cidade, como ele é — simples, mas profundo. Austin, em sua essência, é um reflexo de uma América em constante transformação, e a câmera, quase como uma extensão do olhar, buscou captar a verdade escondida nas interações cotidianas.
Aqui, onde a primeira capital dos Estados Unidos se ergue, cada esquina revela um fragmento da alma coletiva. Pude perceber um lado menos plástico e mais genuíno do país. As pessoas, em suas nuances, não tentam esconder a complexidade da vida que se desenrola ali — desde os protestos que clamam por mudança até os bares vibrantes que, com suas luzes e sons, celebram a vida em seu estado mais puro. Tudo isso se mistura ao ar de liberdade e irreverência que Austin emana.
Austin é um espaço onde a excentricidade se manifesta sem medo, e o lema "Keep Austin Weird" ecoa pelas ruas como um manifesto silencioso. A cidade não tem vergonha de sua estranheza. Ela abraça a imperfeição, a diversidade cultural, as formas de expressão mais viscerais. Cada imagem que eu capturei fala de uma cidade que é simultaneamente uma utopia e um reflexo de suas próprias contradições.



















































































