Quando cheguei a Nova York, fui imediatamente absorvido pela energia imensa que pulsa nas suas ruas. A cidade é uma força viva, uma construção humana monumental onde as pessoas se entrelaçam como fios de uma grande tapeçaria. Manhattan, Chinatown, Brooklyn, Soho, Central Park… Cada um desses lugares é um microcosmo de experiências, de vidas entrelaçadas em um espaço caótico e vibrante.
O que me fascinou foi a multiplicidade de contrastes que surgem ao caminhar por suas avenidas. Em um único olhar, você vê a grandeza dos arranha-céus, mas também o cotidiano simples das pessoas que ali habitam, que lutam, que respiram essa cidade. Eu busquei mostrar isso em minhas imagens: o contraste entre o luxo e a luta, o movimento incessante e o momento de pausa. A fotografia de rua, para mim, é uma janela para esses pequenos instantes, onde o universo se revela nas sombras, na luz, no olhar, nos gestos. É como se a cidade em si fosse um grande espelho de todos os aspectos da condição humana: seus excessos, suas frustrações, suas belezas e suas tragédias. Em cada clique, tentei captar isso — não apenas o visual, mas o espírito da cidade. Um espírito que está sempre em movimento, sempre se renovando, mas que também carrega a história de todos que passaram por ela. Ele é, paradoxalmente, parte de tudo o que a cidade representa: a busca incessante por um espaço de respiro em meio à pressão, a busca pelo equilíbrio em uma cidade sem descanso. Nova York é uma cidade de ícones visuais, mas ao mesmo tempo, uma cidade de invisibilidades.



























































































































